É comum nas indústrias um grande uso de recursos hídricos em determinadas etapas produtivas, como resfriamento, lavagem, branqueamento, esterilização, etc. Todas essas atividades geram as chamadas “águas residuais da produção", que são passíveis de reúso, mas podem conter resíduos biológicos, químicos, óleos e outras substâncias em sua composição, exigindo um tratamento adequado para remover os contaminantes e garantir sua viabilidade para novas aplicações.
Já os efluentes industriais possuem características mais específicas do que as águas residuais da produção, que variam de acordo com o ramo da indústria, o processo originário e as matérias-primas utilizadas em conjunto. As propriedades químicas, físicas e biológicas dos efluentes precisam ser analisadas individualmente para determinar a melhor solução para o reúso, que podem, inclusive, envolver tecnologias próprias para a remoção de tais impurezas.
As águas cinzas são provenientes de processos menos contaminantes, como pias, chuveiros, lavatórios e sistemas de resfriamento. Diferente dos efluentes industriais, estas águas contêm poucos contaminantes orgânicos que são removidos com processos relativamente simples que as tornam aptas para outras finalidades.
Esse tipo de efluente inclui águas residuais de banheiros, cozinhas e outros sistemas de esgoto da indústria e igualmente pode ser reaproveitado, mas como possui carga orgânica e microbiológica, é necessário a aplicação de processos avançados de tratamento para remoção de microrganismos patógenos e outros agentes poluentes.
Além dos recursos hídricos captados em operações, as águas pluviais têm potencial para serem reutilizadas. No entanto, oriundas das chuvas e, quando não absorvidas pelo solo, esse tipo de recurso também requer um tratamento adequado, uma vez que pode haver contaminantes que afetam sua qualidade e segurança em determinados usos.
A primeira etapa envolve a identificação e caracterização das fontes de água passíveis de reaproveitamento. Nessa fase, é uma boa prática realizar análises laboratoriais para determinar os parâmetros físico-químicos e microbiológicos da água, como sólidos dissolvidos totais, DBO, DQO, pH, turbidez e presença de contaminantes específicos. Assim, se torna mais previsível o entendimento das tecnologias que serão necessárias no sistema de reúso.
Após a análise das fontes disponíveis, é preciso avaliar onde a água reutilizada será aplicada dentro da indústria. Aqui, vale mapear o consumo atual para identificar as áreas com maior demanda hídrica, como processos produtivos, torres de resfriamento, sistemas de limpeza e caldeiras. Juntamente, é fundamental definir os padrões de qualidade, pois diferentes aplicações vão exigir níveis distintos de tratamento, impactando também nas soluções que vão compor o sistema.
O reaproveitamento hídrico ainda deve estar em conformidade com as normas ambientais e regulatórias. Algumas diretrizes importantes aqui são a Resolução nº 54/2005, do Conselho Nacional de Recursos Hídricos, e a Lei nacional nº 14.026/2020, que estabelecem diretrizes para o reúso de água não potável e de efluentes sanitários.
Além disso, a depender do tipo de reúso, pode ser necessária a solicitação de licenças junto aos órgãos ambientais locais, cabendo a verificação das exigências da região.
Depois, deve-se analisar a viabilidade técnica do projeto considerando a infraestrutura nova ou existente, a necessidade de revamp e/ou ampliação de sistemas já ativos dentro da companhia e a compatibilidade com as tecnologias de tratamento disponíveis. Esse estudo possibilita identificar as modificações necessárias se a empresa já tiver uma ETA ou ETE em operação, ou ainda entender como o sistema de reúso deve ser projetado e construído para que a água tratada atenda às exigências operacionais entendidas lá no 2º passo.
Por último, é importante entender que a implementação de um projeto de reúso de água eficiente requer expertise técnica, sendo essencial a escolha de um parceiro especializado no assunto. Nesta etapa, a companhia deve avaliar a experiência do fornecedor no seu setor, verificando o histórico de projetos implementados, os segmentos atendidos e a complexidade das tecnologias oferecidas. Também é válido analisar se o parceiro oferece soluções sob medida, bem como suporte técnico e manutenção, incluindo serviços de pós-venda, otimizações e monitoramento da eficiência dos sistemas de reúso para que o reaproveitamento seja constante.
Seguindo esse caminho, a companhia será guiada a um planejamento adequado que permitirá entender quais são as tecnologias de tratamento necessárias e quais demandas hídricas serão supridas, reduzindo a dependência de abastecimento externo e, consequentemente, preservando as fontes de água naturais.
A construção, operação e manutenção do sistema de reúso fica exclusivamente sob nossa responsabilidade, garantindo qualidade, eficiência e performance dos ativos instalados.
Oferecemos soluções técnicas únicas e dedicadas, que combinam a melhor relação entre Capex/Opex e atendem exatamente aos objetivos de cada companhia.
Com equipes próprias e altamente qualificadas, assumimos todas as demandas relacionadas à gestão hídrica, liberando os times internos para focar em atividades core do negócio.
Um resultado direto do reúso é a preservação ambiental, principalmente porque há a redução do consumo e do descarte de resíduos na natureza.
Através das nossas soluções, asseguramos um fornecimento contínuo de água de reúso, mesmo em regiões onde há escassez hídrica.
Como mantemos a qualidade da água controlada, evitamos problemas operacionais causados por impurezas nos recursos hídricos.
