Efluentes do agronegócio: 5 consequências do tratamento inadequado

Tratamento de Efluentes Agronegócio

24 de Janeiro de 2023

Basicamente, o agronegócio se refere a todas as atividades econômicas relacionadas ao comércio de produtos agrícolas, mas, além de atuar na produção de alimentos e outros produtos indispensáveis para nossa sobrevivência, o setor também é um dos mais importantes para a economia brasileira.

Segundo informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em 2021, o total exportado pelo segmento foi de US$ 120,59 bilhões, uma alta de 19,7%, em relação a 2020. Outro dado relevante é a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que deve ser de até 5% em 2022, de acordo com a Confederação da Indústria e Pecuária do Brasil (CNA). 

No entanto, embora os números tenham uma face muito positiva na colocação do setor, as atividades agrícolas também são responsáveis pela geração de resíduos, exigindo uma postura adequada das empresas para com o descarte correto. 

Diversos processos produtivos da agroindústria são geradores de efluentes, como é o caso do processamento de alimentos, couro, madeira e fibras, além da produção de álcool, açúcar e outros produtos. 

Essas e outras atividades precisam ter uma gestão ambiental adequada, porque, do contrário, podem causar sérios prejuízos para o meio ambiente e também para a própria organização.

Efluentes do setor de agronegócio: 5 consequências do tratamento inadequado

Os líquidos residuais advindos dos processos agroindustriais podem ser provenientes de etapas como lavagem, cozimento, escaldamento, pasteurização e resfriamento. 

A utilização de grandes quantidades de insumos e agrotóxicos, visando suprir os déficits nutricionais do solo e combater pragas e doenças, também é bem usual nas atividades em campo, e o descarte inadequado das sobras das pulverizações são igualmente caracterizadas como fontes poluidoras.

Caso esses e outros efluentes gerados pelo agronegócio não sejam tratados da maneira certa, há diversas consequências, como:

1. Descumprimento da legislação 

Para começar, caso não haja o tratamento de efluentes de forma adequada, as empresas descumprem as principais legislações ambientais, como a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei dos Crimes Ambientais, entre outras. 

A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), outra importante lei que visa a proteção ambiental, também cita como atividade potencialmente poluidora a fabricação de fertilizantes e agroquímicos, além de suas embalagens. 

Quando as empresas do ramo tomam atitudes que vão contra os princípios dessa normativa, correm o risco de sofrer multas e outras consequências severas para o andamento do negócio.

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2. Impactos operacionais e financeiros

Com o descumprimento às leis relacionadas ao tratamento e descarte de efluentes, gera-se também diversos impactos operacionais e financeiros, pois existem sanções legais, como multas. 

Além disso, em casos mais graves, as instituições de fiscalização podem embargar ou parar totalmente as atividades. 

A Lei dos Crimes Ambientais também define em seu Art. 54, que “Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora”, tem como penalidade a reclusão de um a quatro anos dos responsáveis.

Ainda, se o impacto ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos; a pena pode chegar a reclusão de até cinco anos.

3. Danos à imagem e de reputação  

Empresas causadoras de danos ambientais perdem a preferência dos consumidores, além de terem sua imagem manchada perante outros públicos de interesse.

Um estudo baseado em dados do Mercado Livre que foi realizado entre abril de 2020 e março de 2021, mostrou uma alta de 112% no número de compradores de produtos que têm algum cunho sustentável na sua cadeia.

Os consumidores brasileiros estão procurando mais por esses itens que englobam uma visão de redução de impactos ou geração de benefícios socioambientais. As empresas que não se atentarem a isso e prejudicarem o meio ambiente de alguma forma, como por exemplo descartando seus resíduos de forma inadequada, certamente vão perder em termos de mercado.

4. Danos sociais e ambientais 

O descarte incorreto dos efluentes do setor de agronegócio no solo e canais aquáticos colabora para o desenvolvimento de doenças prejudiciais às populações locais. 

O lançamento de resíduos líquidos não tratados em rios, lagos e córregos, provoca um grave desequilíbrio no ecossistema aquático. Além disso, os poluentes químicos presentes em agrotóxicos também podem intoxicar animais e plantas aquáticas.

5. Perda de novos investidores 

Na opinião de 325 investidores em todo o mundo que participaram da última Pesquisa Global da PWC, 79% deles disseram considerar os riscos e as oportunidades ESG um fator importante na decisão de investimento, e 49% se desfariam do investimento se a empresa não tomasse ações para tratar as questões ligadas aos pilares ambiental, social e de governança.

Isso mostra que, cada vez mais, empresários têm valorizado as empresas que praticam o ESG (Environmental, Social and Governance). O E, de Environmental, se relaciona a práticas ambientalmente corretas, o que inclui o tratamento de efluentes. Caso uma organização deixe de priorizá-lo, está passível de perder investimentos importantes.

Essas são apenas algumas consequências de não realizar os processos adequados. Portanto, para ter diferencial competitivo e permanecer no mercado de agronegócio, é fundamental tratar os resíduos líquidos da forma correta. 

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As opções para um tratamento eficiente dos efluentes do setor de agronegócio

A terceirização do tratamento de efluentes do setor de agronegócio é uma boa alternativa. Este processo pode ser feito tanto na modalidade OnSite, dentro da planta da empresa com o apoio do parceiro, quanto na OffSite, sendo realizado nas dependências do fornecedor contratado.

Na prática, na primeira modalidade, o sistema é instalado e operado por um parceiro especializado, que disponibiliza, além da mão de obra para operação e manutenção, os recursos para investimento em infraestrutura, insumos operacionais e destinação de resíduos. Assim, a organização pode focar no core business, enquanto os processos relacionados aos efluentes ficam a cargo do parceiro.

Já na segunda, os efluentes são coletados nas empresas e transportados para centrais de tratamento da empresa contratada, onde amostras são coletadas e analisadas em laboratório, com o objetivo de avaliar o tipo de resíduo recebido e determinar qual o processo de tratamento mais adequado a ele. Ou seja, na modalidade OffSite, os parceiros são responsáveis por todo o processo, com infraestrutura e mão de obra externas.

O Grupo Opersan tem expertise em ambas as soluções e está pronta para realizar o tratamento de efluentes do setor de agronegócio. Para saber mais, entre em contato com um de nossos especialistas.

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