As mudanças climáticas, o aquecimento global e a escassez de matérias-primas naturais são questões urgentes que vem afetando nosso planeta e exigindo medidas imediatas para garantir um desenvolvimento sustentável e assegurar a disponibilidade de recursos para as gerações futuras.
Nesse contexto, a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) surgiu como uma iniciativa crucial para incentivar mudanças transformadoras que promovam uma vida digna para todos através de seus objetivos globais que incluem, dentre outros fatores, metas para universalizar a disponibilidade e o manejo sustentável de água e saneamento.
No entanto, a realidade atual desses serviços ainda é preocupante, visto que 26% da população global, ou seja, cerca de 2 bilhões de cidadãos, ainda não possuem acesso à água potável. Além disso, aproximadamente 3,6 bilhões de pessoas, o equivalente a 46% da população mundial, também não são atendidas por um saneamento seguro.
Esses dados alarmantes foram revelados em um relatório da UNESCO e ressaltam a importância de empresas, governos e sociedade mudarem hábitos agora, para garantir um futuro de qualidade amanhã.
Conhecendo o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6
Dentre os seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que tratam de questões sociais, governamentais e ambientais, a Agenda 2030 contempla em seu 6º ODS diversas metas para garantir disponibilidade e manejo sustentável da água e saneamento para todos.
A água potável e o saneamento adequado são essenciais para a sobrevivência humana, além de também serem pré-requisitos para a realização de muitos outros ODS, como a erradicação da pobreza, a promoção da saúde, a segurança alimentar e a mitigação das mudanças climáticas.
Portanto, neste 6º objetivo, há diretrizes que já direcionam o que deve ser realizado em todos os Estados-membros da Organização, como a meta 6.1 que estabelece que até 2030 devemos alcançar o acesso universal e equitativo à água para consumo humano, de modo seguro e acessível para todas e todos.
O ODS 6 ainda é composto por outros sete propósitos, incluindo também direcionamentos para indústrias. O indicador 6.3 aborda questões importantes relacionadas à gestão de águas residuais, estabelecendo o seguinte:
O Brasil deve, até 2030, "melhorar a qualidade da água, reduzindo a poluição, eliminando despejo e minimizando a liberação de produtos químicos e materiais perigosos, reduzindo à metade a proporção de águas residuais não tratadas e aumentando substancialmente a reciclagem e reutilização segura globalmente.”
Em outras palavras, é aqui que está a relação entre a gestão de águas residuais e o 6º ODS da ONU. A meta 6.3 cabe a todos os empreendimentos geradores de resíduos que podem causar impactos negativos ao meio ambiente e à saúde pública. Deste modo, é fundamental que esses negócios prezem pela adoção de métodos adequados para lidar com seus efluentes e colaborar com a redução da poluição, além de buscar alternativas para uma utilização mais eficiente e sustentável da água, como a prática de reúso.
Leia mais
- Reúso de água: alternativa adequada em períodos de crise hídrica
- Diretrizes e benefícios do reúso de água para o setor industrial
Como as empresas podem contribuir com as metas do 6º ODS
Como visto, as indústrias têm papel fundamental para a sociedade atingir as metas do 6º objetivo. Inclusive, o guia dos ODS para as empresas, desenvolvido pela Global Reporting Initiative (GRI), pelo Pacto Global das Nações Unidas e pelo Conselho de Negócios Mundiais para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD), destaca um importante trecho sobre a participação das empresas no alcance desse objetivo:
“A empresa identifica como prioridade a redução do seu impacto negativo no ODS 6 na sua cadeia de abastecimento, trabalhando com fornecedores para reduzir o seu consumo de água em regiões com problemas de escassez de água”
Essa afirmação significa que ao adotar técnicas adequadas para o tratamento de águas e efluentes, as companhias asseguram que os canais aquáticos não sejam poluídos. Toda e qualquer organização é capaz de implementar métodos eficientes para realizar uma gestão ambiental de qualidade, mas optar pela terceirização do tratamento de efluentes por meio das modalidades OffSite ou OnSite pode ser um grande facilitador nesse caso.
Essas alternativas são pautadas em:
- OffSite
O modelo OffSite de tratamento de efluentes consiste na coleta e transporte dos resíduos para centrais de tratamento terceirizadas, onde são analisados e tratados conforme as exigências ambientais. Essa modalidade é indicada em situações em que a empresa não consegue construir uma estação própria, seja por limitação física ou econômica, ou quando é necessário encaminhar os efluentes para tratamento externo durante a manutenção da estação própria.
Independente do motivo, as companhias que adotam a modalidade OffSite estão garantindo que seus resíduos não prejudiquem os corpos hídricos, pois o líquido volta para o corpo receptor somente após atingir os parâmetros estabelecidos pela legislação, assegurando que todas as substâncias nocivas à àgua já foram retiradas nas fases do tratamento.
-
Onsite
O tratamento OnSite, por outro lado, é realizado dentro da própria companhia com o apoio de um parceiro contratado, que assume os procedimentos relacionados à implantação, operação e manutenção da estação, sendo essa uma opção para empresas geradoras de efluentes que necessitam de tratamento instalados em suas unidades.
Assim como na modalidade OffSite, os efluentes também passarão por um processo completo de remoção de substâncias para voltar ao corpo receptor dentro das exigências legais. Porém, caso a empresa deseje, há a possibilidade de implementação do reúso da água.
Com os avanços nas tecnologias de tratamento, atualmente há técnicas que permitem que a água passe por um processo de purificação especializado, alcançando a qualidade acima dos parâmetros estabelecidos pela legislação brasileira, tornando o recurso útil para fins menos nobres.
Além de ser um grande passo para cumprirmos com as metas do 6º ODS, o reúso ainda proporciona diversas vantagens para a organização, como a redução de custos com o consumo de água, diminuição da demanda de água potável e redução da carga orgânica e inorgânica despejada no meio ambiente.
A gestão de águas residuais é um importante elemento para alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável propostos pela ONU, em especial o 6º ODS, ao qual as opções OnSite e Offsite trazem resultados significativos na proteção ambiental.
Com mais de 30 anos de experiência, a Opersan conta com equipe capacitada para auxiliar organizações que buscam implementar medidas sustentáveis em sua gestão de efluentes e reúso de água, oferecendo soluções customizadas e tecnologias inovadoras através de modelos de negócios pensados para cada necessidade. Fale com um de nossos especialistas e solicite mais informações.